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São Paulo — Uma pesquisa feita com as vítimas do rompimento de barragem em Bento Rodrigues, no distrito de Mariana (MG), apontou que 32% apresenta sintomas de transtorno de ansiedade generalizada (TAG).

O estudo conduzido pela equipe do Núcleo de Pesquisa Vulnerabilidades e Saúde (NAVeS), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostrou que o desastre teve consequências além das materiais para os moradores da região, que esperam receber indenizações e uma nova cidade para morar.

Em outubro, procuradores do Ministério Público do Estado de Minas Gerais anunciaram um acordo final de indenização com as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton.

Não foram divulgados valores do acordo, mas na época a Samarco afirmou em nota que já havia gasto, até agosto de 2018, 4,4 bilhões de reais com “ações de reparação e compensação”.

Em carta à sociedade, a Fundação Renova, fundada em 2016 por meio do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) pelas mineradoras e entidades do governo, afirma que, até setembro de 2018, fez o pagamento de 1,2 bilhão de reais em indenizações.

Além de tentar controlar o impacto financeiro, a Renova afirma que está ciente dos impactos na saúde mental das 400 famílias que tiveram suas casas engolidas pela lama. Em 2019, a Fundação também pretende divulgar uma pesquisa sobre saúde mental das vítimas.

Em 2017, surgiu a preocupação com aspecto das condições de saúde mental das vítimas. Em abril deste ano foram divulgados os resultados da Pesquisa sobre a Saúde Mental das Famílias Atingidas pelo Rompimento da Barragem do Fundão em Mariana, que entrevistou 276 pessoas, entre elas, 42% de crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos.

Além do transtorno de ansiedade, entre os adultos, 12% apresentaram sintomas de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Entre os jovens, 82,9% têm sinais do transtorno. Cerca de 90% deles testemunhou o desastre.

Segundo Samara Rodrigues de Souza, especialista em terapia familiar e professora do Centro Universitário Newton Paiva, o TEPT é desenvolvido por pessoas que passam por uma situação de grande estresse e é uma condição que pode durar meses ou anos.

“A lembrança do que aconteceu sempre vai existir”, afirma Samara. “Estamos trabalhando com uma questão que é crônica.”

De acordo com Maila Castro, psiquiatra, professora da UFMG e uma das autoras do estudo com as vítimas do rompimento da barragem, é comum

Cerca de um quarto das vítimas apresenta insônia e 46,3% tem sintomas de irritabilidade. 15,4% dos adultos têm sintomas de depressão. O risco de suicídio foi identificado em 16,4% dos entrevistados. Entre os jovens, 39,1% têm sinais de depressão e 26,1% já apresentam ou já apresentaram sinais de suicídio.

Para Maila, o estudo é importante para desenvolver políticas públicas e oferecer tratamento e acompanhamento a longo prazo, principalmente para os jovens. “Nós pretendemos acompanhar essas crianças, estamos tentando levantar recursos para novas pesquisas”, afirma.

“Nós esperávamos que essas prevalências tivessem caído depois de dois anos do desastre”, afirma a psiquiatra. “Algumas hipóteses são porque eles sofrem discriminação na rua, na escola, como eles mesmo dizem, ainda não foram colocadas de volta nas suas casas, estão vivendo em cidades grandes. As coisas não se resolveram da maneira como se esperava.”

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