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São Paulo – Quatro meses após o início do surto de Ebola na República Democrática do Congo (RDC), o risco agora recai sobre Uganda, país vizinho. A preocupação dos órgãos de saúde é que a doença atinja áreas urbanas ou regiões controladas por milícias, o que dificultaria muito o controle da propagação.

O número de casos na RDC já passa de 200, cenário agravado pela presença de milícias na região, que além de dificultar a chegada de ajuda especializada, tentam coagir os trabalhadores de saúde para rastrear os movimentos de pessoas expostas ao vírus.

Uganda reforça atenção à fronteira

A vizinha Uganda já se prepara para evitar que o vírus cruze a fronteira, que registra alta circulação de pessoas, com um grande número de fazendeiros, mercadores, comerciantes e refugiados se deslocando entre os dois países. Agentes de saúde que examinam os cidadãos quando cruzam a fronteira já estão sendo imunizados.

Segundo o Ministério da Saúde de Uganda, 2.100 doses da vacina estão disponíveis para médicos e enfermeiros. A região chega a receber 20 mil pessoas em dias de comércio movimentado. Quatro unidades especiais de tratamento para o Ebola também foram construídas e estão preparadas para receber os casos suspeitos.

“O risco de transmissão transfronteiriça foi avaliado como muito alto em nível nacional”, disse a ministra da Saúde de Uganda, Jane Ruth Aceng, em uma entrevista coletiva na semana passada. “Daí a necessidade de proteger nossos profissionais de saúde.”

Doença pode se tornar incontornável em centros urbanos

O reforço dos cuidados para prevenir que o surto chegue a Uganda se dá por conta de mudanças importantes que se espalham pelo continente africano. A população em expansão e os recentes investimentos chineses em infra-estrutura têm aumentado a comunicação entre áreas rurais e urbanas, o que, apesar de poder representar uma melhora da qualidade de vida da região, também acende o alerta para uma expansão sem precedentes da doença.

Segundo Robert Redfield, diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, nos Estados Unidos, a presença do Ebola pode, pela primeira vez desde que foi identificado em 1976, tornar-se incontornável. Até hoje, todos os surtos puderam ser contidos antes de se espalharem amplamente.

Durante décadas, os surtos de Ebola se restringiram a áreas rurais isoladas, facilitando a atuação dos profissionais de saúde no isolamento da expansão dos casos. Quando a doença atinge áreas mais populosas ou zonas de conflito, como o cenário atual sugere, o controle se torna muito mais difícil.

Otimismo tímido

Os esforços contínuos dos órgãos de saúde para conter os efeitos do Ebola, do momento do contágio aos cuidados paliativos, representam uma esperança para os países do continente africano. Estudando o processo de transmissão, equipes médicas compreenderam a causa da segunda onda da epidemia, que atingiu a cidade de Beni, na RDC, em meados de setembro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a transmissão acontece quase completamente dentro das instituições de saúde.

Já se sabia que as pessoas contraíam o vírus em hospitais ou clínicas, mas não o tamanho da participação dessa forma de contágio no total dos casos. Analisando as pesquisas, a equipe percebeu que entre 60% e 80% dos novos casos confirmados não tinham relação epidemiológica conhecida com casos anteriores. Segundo Mike Ryan, diretor-geral adjunto de Preparação e Resposta a Emergências da OMS, os esforços concentrados em rastrear os casos deram resultado. “Agora ligamos 93% dos novos casos a cadeias de transmissão conhecidas”, disse Ryan à revista Wired. Equipes de vigilância também começaram a usar tablets para registrar contatos e vacinas. Conhecendo informações sobre as localizações geográficas de novos casos, eles começam a criar modelos para entender onde o vírus provavelmente se espalhará em seguida.

“O medo de que isso se torne endêmico é real e racional, mas também precisamos ver isso como o pior cenário”, explica Ryan. “Ainda temos muitas oportunidades de colocar esse vírus de volta na caixa, só precisamos dar apoio às pessoas que arriscam suas vidas na linha de frente e nos esforçar nas próximas três a seis semanas. Vai ser uma longa marcha, mas acho que não deveríamos levantar a bandeira branca ainda”.

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